Lipoaspiração Tumescente

 

Desenvolvida pelo cirurgião dermatológico Jeffrey Klein nos anos 1980, a lipoaspiração tumescente mudou a remoção cirúrgica de gordura corporal localizada. Neste método, uma solução anestésica à base de lidocaína e outros produtos é diluída em soro fisiológico e infiltrada em grande quantidade na camada gordurosa da pele. Isso provoca um intumescimento local, contraindo vasos sanguíneos e diminuindo sangramentos e hematomas. Além do uso da anestesia local e do menor sangramento, a técnica se notabiliza pelo baixo índice de complicações graves.

A lipoaspiração tumescente deve ser realizada por um profissional capacitado, em ambiente cirúrgico. Quando as condições do paciente forem boas, pode ser uma sala cirúrgica não hospitalar. O procedimento envolve injeção de grandes volumes de uma solução diretamente dentro das áreas de depósito excessivo de gordura. Depois que uma pequena incisão é feita na pele, microcânulas são inseridas dentro da camada de gordura. Elas podem ser conectadas ou não a uma máquina de vácuo e com movimentos de vaivém, a gordura é sugada através do tubo para um sistema de coleção estéril, ou no caso da lipoaspiração manual, para a seringa. Uma cinta de compressão elástica é usada para ajudar na contração da pele e na recuperação. O resultado é uma “escultura” que transforma áreas salientes em contornos mais atraentes.

A lipoaspiração tumescente tem como benefício diminuir as irregularidades da pele, provocar menor sangramento, menor contusão e permitir recuperação mais rápida. É mais efetiva para remover depósitos de gordura localizada que não respondem aos exercícios ou dieta, e não tem o objetivo de ser um substituto para a perda de peso, mas sim um procedimento para a definição de contornos.

Por utilizar anestesia local, a lipoaspiração tumescente permite remover no máximo dois litros de gordura por sessão, sendo uma opção indicada para pacientes que apresentam gordura localizada, mas não são obesos.

Antes de se submeter à lipoaspiração tumescente, o paciente deve fazer uma avaliação completa de risco cirúrgico. É necessário tirar as medidas das áreas a serem tratadas e discutir com o médico as expectativas quanto ao procedimento, que precisam ser realistas.

O procedimento dura cerca de duas horas e meia, e os cuidados pós-operatórios exigem atenção. A duração do repouso e o período para retorno às atividades cotidianas variam de paciente para paciente, e pode ser necessário o uso de analgésicos. O paciente deve usar malha contensora (cinta) durante um mês após a cirurgia – o médico indicará o modelo mais indicado. Deve evitar esforços físicos elevados por pelo menos 15 dias, e evitar a exposição ao sol por aproximadamente dois meses.