Lipoenxertia

 

A lipoenxertia é uma técnica capaz de restaurar o volume de gordura subcutânea por meio do preenchimento com a própria gordura do paciente. É adequada para recuperar contornos e proporções da face ou do corpo, por motivos estéticos e não-estéticos. Pode promover a reposição de estruturas atrofiadas ou ausentes ou o aumento dos elementos em determinados pontos.

Utilizada para tratamento (e prevenção) do envelhecimento cutâneo, de deformidades congênitas e sequelas de doenças como esclerodermia, lúpus eritematoso, paralisia focal unilateral, a lipoenxertia também pode ser empregada para aumento dos glúteos, aumento de volume da face e correção de irregularidades ou depressões, dentre outas finalidades.

A duração do procedimento varia conforme a área tratada e o mesmo deve ser executado por um profissional capacitado, com anestesia local, geral ou peridural, em ambiente cirúrgico. As áreas doadoras de gordura são as regiões interna e externa das coxas, a região interna do joelho, os flancos, as nádegas e o abdome.

Inicialmente, faz-se uma infiltração da solução de Klein (à base de soro fisiológico e lidocaína), para minimizar o sangramento. Cânulas de lipoaspiração são inseridas sob a pele, aspirando a gordura na região doadora. Em seguida, a gordura removida é enxertada por meio de finas agulhas na área tratada.

Como processa gordura do próprio corpo (autóloga), a lipoenxertia diminui a chance de rejeição do material enxertado. Antibióticos e analgésicos podem ser administrados, para evitar infecções e dores. No pós-operatório, o paciente deve evitar o sol por dois meses e o esforço físico por 15 dias. Exercícios estão liberados após dois meses. Em geral, os resultados são visíveis uma semana após a cirurgia, quando o inchaço já diminuiu ou desapareceu. A lipoenxertia não é indicada para pacientes diabéticos, com doenças de colágeno, problemas renais ou hepáticos, imunossuprimidos ou que façam uso de anticoagulantes.