Como é realizado o transplante capilar?

 

O transplante capilar é um procedimento cirúrgico realizado no couro cabeludo e outras áreas com pelos, sob anestesia local, em que os cabelos e seus folículos são extraídos de uma área com boa densidade capilar (área doadora) e implantados numa área de menor densidade (área receptora). É realizado por médicos dermatologistas ou cirurgiões plásticos com experiência na área.

Existem duas técnicas de transplante capilar: FUT e FUE. Elas diferem no método de extração das unidades foliculares, pois o método de implantação posterior é semelhante.

– Na técnica FUT (Follicular Unit Transplantation ouTransplante de Unidade Folicular) uma estreita faixa de couro cabeludo é retirada da região posterior do couro cabeludo de onde são extraídas as unidades foliculares.

– Na técnica FUE (Follicular Unit Extraction ou Extração de Unidades Foliculares), as unidades foliculares são extraídas da área doadora uma de cada vez.

As duas técnicas deixam cicatrizes discretas e praticamente imperceptíveis nas áreas doadoras. Na FUT, a cicatriz é única e linear. Na FUE, as cicatrizes são múltiplas e pontuais. Ambas apresentam ótimos resultados e tem suas indicações de acordo com cada paciente.

O transplante capilar pode ser realizado em homens, mulheres e transgêneros de todas as etnias, desde que não haja contraindicações. É geralmente realizado no couro cabeludo, mas pode ser realizado nas áreas das sobrancelhas, barba, bigode, região genital e outras áreas do corpo. É principalmente empregado nos casos de calvície e pode ser realizado em cicatrizes e outras doenças que acarretam perda definitiva dos cabelos ou pelos, desde que essas doenças estejam controladas e sem atividade.

Nos casos de calvície, não existe idade mínima para o transplante capilar, mas o quadro deve estar estável e com tratamento clínico associado (medicações e procedimentos no couro cabeludo), se indicado. O procedimento não substitui o tratamento clínico, mas é complementar a ele. Dessa forma, mesmo após o transplante capilar, os pacientes devem continuar seus tratamentos clínicos para manter a calvície e outras doenças do couro cabeludo sob controle.

 

Texto elaborado com a consultoria do Dr. Lucas Mateus, Dermatologisa,  CRM 162825 e RQE 71798.